No mês de novembro, a bolsa brasileira encerrou com alta de 2,38% a 89.504 pontos. Entretanto, o Ãndice chegou a atingir queda de 3,8% no dia 09/11, com forte temor na economia dos EUA, bem como as intermináveis brigas do presidente Trump com a China. Além disso, os investidores estrangeiros retiraram da bolsa quase R$ 7 bilhões de recursos, acumulando no ano saÃda de R$ 10 bilhões. Antes das eleições, o dólar atingiu o pico acima de R$ 4,00, após o segundo turno caiu para a mÃnima de R$ 3,69. Além disso, tivemos forte queda no preço do petróleo (WTI) no mercado internacional caindo de US$ 77/b para próximo de US$ 50/b, queda verificada pela crescente produção dos EUA, Rússia e Oriente Médio. Para conter esse excesso, nos dias 6 e 7/12/18, a OPEP estará discutindo cortes nas ofertas para equilibrar os mercados.
No campo polÃtico, o novo presidente Bolsonaro continua preenchendo os cargos do 1º escalão juntamente com a sua equipe. Até o momento, podemos dizer que os nomes indicados estão dentro da normalidade, sem grandes questionamentos por parte do mercado. O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ficará até março/2019 para que a transição seja mais tranquila. Os principais pontos discutidos para 2018, é a Previdência e a Cessão Onerosa da Petrobras. As negociações seguem com dificuldades. Seria positivo se a aprovação ocorresse ainda em dezembro/2018, pois o novo governo teria quase R$ 100 bilhões para trabalhar melhor o déficit fiscal. A Previdência, fator importante de aprovação, pode ficar para 2019, pois a equipe do atual ministro Paulo Guedes está estudando a proposta encaminhada pelo economista ArmÃnio Fraga (Plano de Capitalização), pois se entende que a proposta em discussão, é prejudicial aos atuais trabalhadores.
No mês duas informações positivas. 1) O Investimento Direto no paÃs até 23/outubro/2018 ficou em US$ 79,8 bilhões, sendo que, somente no mês de outubro o montante ficou em US$ 9,4 bilhões. Acredita-se que 2019, os montantes superem muito acima de 2018, pela perspectiva positiva para o paÃs. 2) O PIB do 3T18 (R$ 1,71 trilhão) cresceu 0,80% em relação ao 2T18 ficando dentro das estimativas do mercado. Vale lembrar que este crescimento é sobre o 2T18, prejudicado pela greve dos caminhoneiros.
No mercado internacional, a Argentina recebe em seu paÃs os principais presidentes do mundo inteiro, através da reunião do G20. A Argentina passa por um momento extremamente delicado, imerso na pior crise econômica. Entretanto, o destaque deste G20 será o encontro do presidente Donald Trump com o presidente da China, Xi Jinping, onde a tensão entre os dois paÃses pode ser amenizada.
Na última semana, o presidente do FED americano, Jerome Powell, alterou seu discurso para a taxa de juros; mudou a sua frase de longo caminho para o aumento de juros para está pouco abaixo do necessário. Esse discurso trouxe alÃvio ao mercado, já que para 2019 não haverá necessidade de vários aumentos, uma vez que os indicadores econômicos estão ficando abaixo das estimativas.
Para o mercado internacional, os EUA continuarão crescendo em ritmo mais lento, mas nada preocupante. A economia da Europa e do Japão continuará em nÃveis mais baixos, muito pelas indefinições do Brexit. A China continuará fazendo uma politica de injeção de recursos no mercado local sempre que necessário, mantendo o PIB em nÃveis elevados. O PIB chinês do 3T18 ficou em 6,50%, entretanto, para 2019, as primeiras estimativas para o crescimento da economia é de 6%, ou seja, nÃvel ainda bastante elevado considerando o longo perÃodo de forte crescimento.
Para 2019, nós somos otimistas para o Brasil. Se o novo governo tiver habilidade de convencer a bancada dos deputados para aprovar as principais matérias, acreditamos que o volume de investimento direto no paÃs será recorde; o crescimento do PIB pode surpreender; haverá redução do desemprego; o dólar terá pequena redução e maior estabilidade, diferente de 2018; haverá busca de recursos no mercado de capitais através de novos IPOs; estuda-se privatização de várias estatais criadas no comando do PT; fortes investimentos em infraestrutura (fala-se em R$ 180 bilhões em 2019 e atingir R$ 250 bilhões até 2025); a inflação e a taxa Selic continuarão em nÃveis baixos; rentabilidade decrescente nas aplicações de renda fixa; migração de recursos da renda fixa para renda variável.
Ou seja, as notÃcias podem levar o paÃs para uma rota de grande crescimento econômico. Nossa estimativa para a Bovespa em dezembro/2019 é atingir 120.000 pontos.
Abaixo, nossas estimativas para 2019.
Selic – 7%
PIB – 2,50%
Inflação – 4,50%
Dólar – R$ 3,60
Ibovespa – 120.000 pontos
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